terça-feira, 20 de maio de 2014

o que é teatro na verdade? o que significa teatro? - divagações de alguém muito pequena

Da esquerda para a direita: Jonathas, Daniel, Comida de Verme, Junior, Bianca
Foto: Yara Ribeiro

Anna
Foto: Dan Elias
Quando alguém lhe pergunta o que teatro para você em alguma apresentação, temos todos os tipos de resposta, das mais simples ás mais complexas, das engraçadas e às sérias, das acadêmicas aos vocacionais, das sempre honrosas (porem cansativas, e salvadoras) citações de grandes figuras ligadas ao teatro às respostas novíssimas e igualmente honrosas. Mas o que é teatro? O que é teatro? É aquilo que brotou na Grécia? É “uma forma de arte em que um ator ou conjunto de atores”? É a essência independente do Manifesto? É a língua e a voz da arte? ou a língua e a voz que grita, fala e sussurra a essência de tudo que o cerca ser humano  ? É o corpo que imita e não se limita? Citação brilhante, ora, o que é? Qual sua função? Tem Missão/Visão/Valores? Sinônimo de fome? O que é teatro?

A resposta é a redundância do texto. Dizer o que é teatro é algo superficialmente abstrato. Ora, dê a resposta que preferir. Certa ou reconhecida, é o que é.

Agora mudamos de pergunta (soa a mão e doe a cabeça, até finalmente,
Caio
Foto: Dan Elias
diante de olhos que enganam, julgam e comem), a seguinte pergunta, que não atinge os ouvidos e sim o coração, como uma flecha de pedra polida e um pedaço da origem [madeira]: “O que significa teatro para você”.
Acho que essa pode ser uma das perguntas que mais movem nosso grupo, a pergunta que faz esforçarmos para estarmos em conjunto todos os sábado.

Talvez, para mim seja uma árvore. Teatro é como uma árvore. Uma semente abençoada que caiu no solo seco do Mundo. Semente constituída de dor e alegria do Povo. Assim foi. Assim foram. Aos poucos crescendo, alimentado por atores e publico, unicamente regando. O tronco e suas linhas representa sua história. E oh, tão arvore e mostro foi crescendo ao ponto de criar galhinhos, que mais tarde se tornaram troncos, [suas vertentes, estilos e gêneros]. Arvore tão cuidado e também judiado, merecidamente, dada aos dias não regados e aos dias aplaudidos. Desses troncos há galhos, grandes pensadores e amantes de tal e tão arte, que estudaram e desenvolveram ainda mais o gêneros, e gritam ao sol e seus cuidadores quando foi preciso. E cá está a sua copa e folhinhas, que lutam e nascem todo dia para que não morra e que a árvore a cada dia esteja mais vistosa. Até que vem um cruel lenhador nos ameaçar com seu machado ou com sua cerra, todo dia, por todos os dias. Todavia, faz marca mais não derruba árvore, suas raízes são fixas nessa Terra Amarga [sociedade]. É aqui que nos encontramos e estamos representados, somos raízes que insistem em manter a árvore viva, que não deixa, apesar das dificuldades, a árvore cair diante aos ventos, tempestades e lenhadores. Teatro é a Árvore da sociedade. Aquilo que filtra nossos ares. Árvore que fixa em qualquer solo, que não só embeleza a cidade, mas se mostra tão vital para o meio que vive. A Árvore que todos nós escolhemos abraçar e nos confortar em suas folhas e galhos, diante a todas as coisas que passamos, é aquilo que nos aceitou, independe de quem fomos e somos e, assim, o Gatilho luta para que mais sementes sejam germinadas.

Apesar das dificuldades...sorrimos com o brilho do Sol. 

Anna - Foto: Caio Bonifácio

“Não basta ter sido bom quando deixar o mundo.
 É preciso deixar um mundo melhor.”

―Bertolt Brecht

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