Da esquerda para a direita: Jonathas, Daniel, Comida de Verme, Junior, Bianca Foto: Yara Ribeiro |
Anna Foto: Dan Elias |
Quando alguém lhe pergunta o que teatro para você em alguma
apresentação, temos todos os tipos de resposta, das mais simples ás mais
complexas, das engraçadas e às sérias, das acadêmicas aos vocacionais, das
sempre honrosas (porem cansativas, e salvadoras) citações de grandes figuras
ligadas ao teatro às respostas novíssimas e igualmente honrosas. Mas o que é
teatro? O que é teatro? É aquilo que brotou na Grécia? É “uma forma de arte em
que um ator ou conjunto de atores”? É a essência independente do Manifesto? É a
língua e a voz da arte? ou a língua e a voz que grita, fala e sussurra a essência
de tudo que o cerca ser humano ? É o
corpo que imita e não se limita? Citação brilhante, ora, o que é? Qual sua
função? Tem Missão/Visão/Valores? Sinônimo de fome? O que é teatro?
A resposta é a redundância do texto. Dizer o que é teatro é
algo superficialmente abstrato. Ora, dê a resposta que preferir. Certa ou
reconhecida, é o que é.
Agora mudamos de pergunta (soa a mão e doe a cabeça, até
finalmente,
Caio Foto: Dan Elias |
Acho que essa pode ser uma das perguntas que mais movem
nosso grupo, a pergunta que faz esforçarmos para estarmos em conjunto todos os
sábado.
Talvez, para mim seja uma árvore. Teatro é como uma árvore.
Uma semente abençoada que caiu no solo seco do Mundo. Semente constituída de
dor e alegria do Povo. Assim foi. Assim foram. Aos poucos crescendo, alimentado
por atores e publico, unicamente regando. O tronco e suas linhas representa sua
história. E oh, tão arvore e mostro foi crescendo ao ponto de criar galhinhos,
que mais tarde se tornaram troncos, [suas vertentes, estilos e gêneros]. Arvore
tão cuidado e também judiado, merecidamente, dada aos dias não regados e aos
dias aplaudidos. Desses troncos há galhos, grandes pensadores e amantes de tal
e tão arte, que estudaram e desenvolveram ainda mais o gêneros, e gritam ao sol
e seus cuidadores quando foi preciso. E cá está a sua copa e folhinhas, que
lutam e nascem todo dia para que não morra e que a árvore a cada dia esteja
mais vistosa. Até que vem um cruel lenhador nos ameaçar com seu machado ou com
sua cerra, todo dia, por todos os dias. Todavia, faz marca mais não derruba
árvore, suas raízes são fixas nessa Terra Amarga [sociedade]. É aqui que nos
encontramos e estamos representados, somos raízes que insistem em manter a árvore
viva, que não deixa, apesar das dificuldades, a árvore cair diante aos ventos,
tempestades e lenhadores. Teatro é a Árvore da sociedade. Aquilo que filtra nossos
ares. Árvore que fixa em qualquer solo, que não só embeleza a cidade, mas se
mostra tão vital para o meio que vive. A Árvore que todos nós escolhemos
abraçar e nos confortar em suas folhas e galhos, diante a todas as coisas que
passamos, é aquilo que nos aceitou, independe de quem fomos e somos e, assim, o
Gatilho luta para que mais sementes sejam germinadas.
Apesar das dificuldades...sorrimos com o brilho do Sol.
Anna - Foto: Caio Bonifácio |
“Não basta ter sido bom quando deixar o mundo.
É preciso
deixar um mundo melhor.”
―Bertolt Brecht
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